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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Bacalhau da Ana Carolina Dias


ingredientes

1/2 kg de lombo de bacalhau (dessalgado) em pedaços médios;
1 kg de batatas medias descascadas, cortadas ao meio;
200 g de mini-cebolas (para conserva);
1 pimentão verde, um vermelho e um amarelo, cortados em tiras;
250 g de tomate cereja;
200 g de azeitonas portuguesas;
Azeite de oliva extra virgem a gosto;
2 cabeças de alho.

modo de preparo

Cozinhe o bacalhau em água e sal. Retire as postas da água, escorra e reserve.

Na mesma água cozinhe as batatas. Escorra e reserve.

Em uma panela coloque um pouco de azeite, alho e louro para refogar.

Acrescente os pimentões, verifique o sal e tampe a panela por três minutos.

Em seguida, coloque as cebolas, os tomates e as azeitonas. Mexa e mantenha no fogo por mais alguns minutos.

Pique bem o alho e frite em azeite até dourar.

No refratário, intercale as postas de bacalhau e as batatas com esse molho.

Finalize salpicando o alho frito por cima e regue com azeite a gosto.

Bolo de Banana com Chocolate e Nozes


ingredientes

200g de farinha de trigo;
1 colher de chá de fermento em pó;
1 colher de chá de bicarbonato de sódio;
¼ colher de chá de sal;
175g de chocolate meio amargo picado;
100g de nozes picadas grosseiramente;
125g de manteiga amolecida;
150g de açúcar cristal;
50g de açúcar mascavo;
2 ovos (em temperatura ambiente);
250g de bananas prata ou d’água amassadas (aproximadamente 5 bananas);
2 colher de sopa de suco de limão;
1½ colher de chá de essência de baunilha;
manteiga para untar.
modo de preparo

Em uma tigela peneire a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal. Em outra tigela misture o chocolate, as nozes e uma colher de sopa da mistura de farinha peneirada.

Na batedeira, bata a manteiga até que esteja cremosa e esbranquiçada. Adicione aos poucos o açúcar cristal e, em seguida, o mascavo até encorpar. Adicione um ovo de cada vez e bata até apresentar consistência. Acrescente então a banana amassada, o suco de limão e a essência de baunilha. Junte a mistura de farinha e bata somente até a massa ficar homogênea.

Unte e enfarinhe uma forma de pão pequena. Coloque 1/3 da massa na forma, e espalhe metade das nozes e pedaços de chocolate. Acrescente mais 1/3 da massa e depois o quase todo o restante do chocolate e das nozes. Cubra com o restante da massa. Com o restante das nozes e do chocolate, faça uma linha sobre a massa para decorar.

Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 50 minutos. Faça o teste: espete um palito no centro do bolo, se ele sair limpo o bolo estará pronto.

Papillote de Salmão com Shitakes e Abacaxi


ingredientes

1 fatia de abacaxi;
50g shitakes;
½ pimenta dedo de moça;
3 colher de sopa de molho shoyu;
cebolinha picada;
1 colher de sopa de gengibre em tiras;
200g filé de salmão sem pele;
pimenta do reino.
modo de preparo

Retire os caules dos shitakes e corte-os em fatias.

Raspe fora os caroços da pimenta dedo-de-moça e corte-a em tirinhas.

Destaque uma folha de 1m de laminado e dobre ao meio.

Colocar um pouco de óleo sobre o centro da metade da folha. Posicione a fatia de abacaxi sobre o óleo. Polvilhe-a com o gengibre e os shitakes, temperando com shoyu e pimenta do reino.

Apoie o salmão sobre os shitakes e polvilhe com mais gengibre, pimenta dedo-de-moça, shitake, pimenta e shoyu. Salpique com cebolinha fatiada.

Dobre a folha sobre o peixe e feche-a bem, dobrando duas vezes cada um dos lados abertos.

Leve o envelope de alumínio sobre uma frigideira seca e acenda o fogo alto. Assim que estufar com o vapor, marque 5 minutos e tire do fogo.

Para servir, rasgue a superfície do alumínio com cuidado, pois o vapor sairá bem quente.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Petit Gâteau de Chocolate Branco e Goiabada


ingredientes

200 g de chocolate branco;
2 colheres de manteiga sem sal;
1/4 de xícara de chá de açúcar;
2 ovos;
2 colheres de sopa de farinha de trigo;
200 g de goiabada em pasta bem gelada;
sorvete de creme;
hortelã para decorar.
modo de preparo

Em uma tigela, derreta o chocolate branco e a manteiga sobre uma panela de água fervente (sem que a tigela toque na água). Em outra tigela, bata o açúcar com os ovos até que a mistura fique esbranquiçada e homogênea. Delicadamente, misture o chocolate à mistura de ovos. Por fim, adicione a farinha de trigo e misture com uma espátula.

Unte e enfarinhe as formas de petit gâteau. Em cada uma despeje metade da massa. Com duas colheres, adicione a goiabada gelada bem no centro da massa de chocolate branco e cubra com mais massa.

Em uma assadeira, leve as formas para o forno pré-aquecido em temperatura alta e deixe por cerca de 7 a 10 minutos.

Desenforme os bolinhos com cuidado e sirva-os com sorvete.

Mousse de Chocolate com Laranja


ingredientes

225 g chocolate meio amargo;
25 g manteiga;
3 gemas;
3 claras;
1 pitada de sal;
75 ml creme de leite (gelado);
3 laranjas bahia;
30ml vodka ou licor de laranja.
modo de preparo

Corte as laranjas ao meio e esprema-as, tomando cuidado para preservar a casca. Com uma colher, limpe o bagaço da laranja do interior da casca. Reserve. Coe suco e leve a uma frigideira para ferver e reduzir. Quando engrossar bem, com uma consistência de geleia, adicione a vodka.

Derreta em banho-maria o chocolate junto com a manteiga. Deixe esfriar e adicione as gemas e o suco de laranja reduzido, bem como um pouco de raspa de laranja.

Bater as claras em neve com a pitada de sal. Primeiro misturar delicadamente 1/3 das claras no chocolate. Depois de totalmente incorporado, misturar o restante das claras.

Bater o creme até ficar firme, mas ainda não em ponto de chantilly (ponto um pouquinho antes do que o do creme azedo).

Incorporar primeiro 1/3 do creme batido, muito delicadamente. Adicionar o resto do creme e terminar de incorporar. Deixe a mousse esfriar bem para que fique mais consistente. Passe-a para um saco de confeiteiro com um bico estrelado e sirva-a dentro das cascas de laranja. Decore como desejar com raspas ou tiras de laranja ou mesmo pimenta-do-reino.

Pão Árabe Caseiro


ingredientes

400g farinha de trigo;
100g farinha de trigo integral;
300g de água filtrada;
5g fermento biológico seco;
1 colher de sopa de açúcar;
½ colher de sopa de sal.
modo de preparo

Em uma bancada ou superfície lisa peneire as farinhas com o fermento seco, o sal e o açúcar. Com a ponta das mãos faça um buraco no meio como se fosse um vulcão. Despeje a água no centro da farinha e, com a ponta de um garfo, comece a misturar de dentro para fora, evitando que a água escorra para fora.

Limpe o garfo, enfarinhe um pouco as mãos e sove a massa por 10 minutos, até que fique bem elástica.

Passe-a para um pote enfarinhado e cubra-a com um plástico ou um pano úmido. Deixe que fermente por cerca de 2 horas até que dobre de tamanho. Neste momento, você pode desinflar a massa, fazer novamente uma bola, cobrir e levar à geladeira até a hora de abrir. Guarda bem durante 48 horas.

Pouco antes de assar, divida a massa em bolinhas de 50g (em 16 pedaços iguais). Deixe que descansem mais meia hora.

Enfarinhe uma superfície e abra as bolinhas com um rolo, até que fiquem com 2mm de espessura.

Esquente uma frigideira e asse o pão um a um, virando-o de lado quando começar a formar bolhas. Cuidado com o vapor que se forma dentro do pão. Você também pode assar o pão em uma assadeira em forno alto, retirando-os assim que inflarem (cerca de 5minutos). Faça em levas e passe-os para uma cesta coberta com um pano. Quando esfriarem, pode guardá-los em sacos na geladeira até o uso.

domingo, 23 de novembro de 2014

Cuidado com a faca!

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Se você está começando a se aventurar na cozinha é preciso saber dos cuidados que deve tomar para não se machucar. O primeiro que me vem à cabeça é com as facas.

Vou listar alguns cuidados básicos que você deve tomar. Até para quem é mais experiente na cozinha vale a pena dar uma checada.

Cuidados com as facas na cozinha

- Segure sempre as facas ao lado do corpo com a ponta para baixo. Nada de ficar gesticulando com a faca na mão!

- Quando lavar os talheres, sempre coloque as facas de cabeça para baixo no escorredor. Algum desavisado pode estender o braço ou debruçar por cima dos talheres e se cortar.

- Facas com a ponta para baixo também na lava-louças se você tiver uma. Alguém pode esticar o braço para colocar um pratinho e se cortar.

- Evite lavar as facas junto com outros talheres ou deixá-las em meio à louça suja. Você pode não perceber que ela está lá e se cortar.

- Mantenha sua faca bem amolada. Ao contrário do que parece, facas cegas é que são perigosas porque você faz um esforço maior para fazer cortes.

- Se a faca cair da sua mão, afaste-se imediatamente e deixe que ela vá direto para o chão. Tentar pegar a faca no ar com a mão ou os pés pode causar um acidente grave.

- Se você guarda suas facas em gavetas, sempre deixe a ponta voltada para o fundo e a lâmina para o lado onde você não vai colocar a mão para procurar nada. Se puder, tenha um nicho reservado só para elas.

- Quando estiver picando alguma coisa, fique atento às crianças! Elas podem enfiar a mão para pegar um pedaço inesperadamente e aí… (Eu fiz isso quando tinha uns 4 anos em um churrasco, queria uma linguicinha e ganhei um corte bem preciso no dedinho, rsrsrs! Me lembro como se fosse hoje.)

- Nunca deixe a faca na beira da pia ou jogada por cima da sua área de trabalho, principalmente se tiver criança por perto.

- Nunca use as mãos como apoio para cortar alguma coisa. Apoie o alimento em uma superfície estável segurando firme com uma mão e, com a lâmina voltada para fora (nunca em direção aos dedos, eles ficam escondidos atrás da lâmina), faça o corte com a outra mão.

Alguém lembra de mais alguma dica???

Refratário

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Refratário é um nome que aparece toda hora neste blog e em qualquer livro ou outro site de culinária.

Além dessa definição ótima que acabei de dar, o refratário é um material resistente a altas e baixas temperaturas e por isso pode ser usado tanto no forno (incluindo o microondas) quanto no freezer.

Já vi refratários de vidro e de porcelana, você conhece algum outro tipo?

Os recipientes feitos deste material refratário acabaram ganhando o mesmo nome. Quando você ler em uma receita: “Forre o refratário com uma camada de…”, o autor está se referindo a esse tipo de recipiente.

Você deve conhecer os nomes “Pyrex” e “Marinex”, que são marcas famosas com grandes linhas de refratários. Muitas pessoas chamam assim mesmo, pelo nome da marca. Já ouviu “Meu Pyrex novo” ou “Preciso de um Marinex”? Rola.

Cuidados no uso do Refratário

Se seu refratário possui uma tampa, retire-a para levá-lo ao forno porque ela não tem a mesma resistência a altas temperaturas. Bom, a menos que o fabricante diga o contrário.

Nunca tire o refratário do freezer e leve para o forno pré-aquecido. Ele pode ir direto para o forno mas não pode sofrer esse choque térmico (quando o forno já está quente), portando precisa aquecer junto com o forno.

No caso do microondas, não tem problema também levar o refratário do freezer direto para aquecer. E no microondas também não tem pré-aquecimento, então eu não sei por que estou falando isso.

Apesar dessa resistência toda, não coloque um refratário sobre a chama do fogão porque ele vai quebrar!!

Quando tirar seu refratário de uma temperatura alta, o pricípio é o mesmo: ele não pode sofrer um choque térmico. Para isso, evite colocá-lo sobre superfícies frias ou molhadas. Use um descanso térmico ou até um pano seco para apoiá-lo.

Gosto muito desse tipo de recipiente pela versatilidade. É ótimo isso de poder tirar a comida do forno e poder servir sem ter que passar para uma travessa, não é? Eles são bem apresentáveis e não ficam feios na mesa (a menos que você tenha lascado uma borda, óbvio!).

Socorro na minha Cozinha!!

Post image for Socorro na minha Cozinha!!

O bom de sumir uns diazinhos é que o povo começa a comentar de novo! Aeee!! Achei que estivesse entendendo do fenômeno do sumiço dos comentários mas acho que preciso elaborar uma nova teoria.

Já te contei que estou de dieta, você já deve saber que estou de TPM (está batendo quase 1 mês do último post com muita Nutella, o que siginifica que vem mais por aí), mas o que você não sabe é que fiquei brigada com a minha cozinha. Quase em depressão.

menina triste Socorro na minha Cozinha!!

É que eu consegui destruir 3 utensílios de cozinha que eu tenho o maior xodó em menos de 1 mês. Não satisfeita, ainda quase queimei minha batedeira (que de tanto que eu gosto tem até nome).

Vou contar a historinha…

Quando estava prestes a colocar os pés na minha nova casa e viver pela primeira vez a experiência de morar sozinha, coloquei meu lado super consumista num avião e fui fazer compras nos States. Nem vou te contar tudo que eu comprei para a casa nova porque você não vai mesmo acreditar, mas posso dizer que foi desde temperos até uma batedeira KitchenAid linda de morrerrrr!!! Essa aqui, ó:

batedeira kitchenaid artisan amarela Socorro na minha Cozinha!!

No meio disso tudo, vieram alguns utensílios super bacanas, que me fizeram achar mesmo que eu era boa de cozinha (é gente, é tipo “diga-me com o que misturas que eu te direi quem és”). Tirei até foto no dia da compra para postar no facebook (bem “coisa de pobre”, já diria Caco Antibes), mas já não a tenho mais para mostrar aqui.

Tudo ia muito bem na cozinha de Vanessa até que outro dia esta pessoa muito inteligente que vos fala pincelou a frigideira quente com um pincel não apropriado para tamanha temperatura. O bichinho encolheu na hora e aí eu: POFT!  Acordei para a “burrada” que estava fazendo. “Too late”.

Deixei o pincel pendurado na parede para servir de exemplo para os coleguinhas. “Escondam-se no primeiro sinal de perigo”.

pincel queimado Socorro na minha Cozinha!!

Ele ficou lá sendo exibido por um tempo, até que algum desavisado o arrancou da parede. (Aliás, quem foi mesmo? O culpado poderia levantar a mão?)

Achei que fosse ficar mais esperta depois dessa lição mas… Não.

Pouco tempo depois eu fui fazer pastel e derreti uma espátula no óleo. Ok, vou explicar o que ela estava fazendo lá.

Não achei a escumadeira (ela aprendeu a lição e se escondeu de mim) e o pastel estava queimando. Aí, peguei a primeira coisa vazada que vi pela frente e lasquei lá dentro quase sem pensar! Olha… Fez um borrão preto no pastel e quando eu entendi o que estava acontecendo, já tinha derretido um bocado.

Dessa vez eu consegui salvar a espátula, porque enfiei a pobrezinha debaixo d’agua e usei o fundo da pia para remodelar a ponta. Ficou feia mas ainda dá para usar!

espatula queimada Socorro na minha Cozinha!!

No post da receita de pastel eu até falei sobre o uso de utensílios de nylon no óleo quente. Não foi à toa. =/ (E isso aí em cima não é mesmo uma “escumadeira“.)

Sério, muito pouco tempo depois eu acabei com mais uma espátula. Desta vez a coisa foi muito séria…

Fiz ovos mexidos para o café da manhã de um lindo sábado ensolarado. Preparei tudo bonitinho, passei para o prato e apoiei a espátula que havia usado sobre o cabo da frigideira. Tudo certo, fui comer!

Fiz aquela preguicinha pós café da manhã de sábado (isso foi no último final de semana) e depois de uns 30 minutos voltei para a cozinha. Quando cheguei lá, a surpresa: a chama do fogão estava acesa!!! E o detalhe: a panela (e a espátula) estavam sobre ela!

Simplesmente deixei o fogão ligado. Estava um fogo bem baixinho e o dia muito claro, então não vi que estava aceso. (Eu sei que não tem desculpa mas eu tenho que tentar me redimir. E, por favor, não conte para ninguém da minha família senão vão interditar a minha casa.)

Minha espátula derreteu sobre a borda da frigideira e ficou com uma cavidade no cabo. A frigideira deu uma leve estragada também, porque o material derretido aderiu onde não havia acabamento antiaderente (dã!! Óbvio).

cabo espatula queimada Socorro na minha Cozinha!!

Eu dei um grito quando vi e tentei colocar (com a mão) tudo de volta para onde nunca deveria ter saído, mas não adiantou (e você não deve nunca tentar fazer isso em casa, porque eu não me queimei por um milagre! Era para o estrago ter sido bem pior, com essa atitude irracional).

Enfim, estraguei nada menos do que 3 utensílios queridos da minha cozinha em muito pouco tempo.

Para fechar a urucubaca com chave de ouro, quase pifei a minha batedeira de estimação. A sensação foi tipo dar comida podre pro cachorro e ele quase morrer por tua causa, muita derrota!!

Fui fazer um pão e deixei ela lá batendo sozinha. Só que a massa estava meio seca e eu não percebi, então ficou dura demais para bater. Apesar de ser uma super batedeira, há limite!!

Começou um cheiro de queimado e logo vi que estava vindo dela. A coitada estava fervendo, o motor devia estar por um fio. Desliguei em tempo, graças a Deus!

Aí, depois de tanta (com licença!) cagada na cozinha, fiquei meio de mal com ela. Veja bem, eu tenho um blog que ensina as pessoas a cozinhar e não posso cometer erros desse nível!!! Fiquei me sentindo a mais errada da História da Humanidade.

Fiz um luto de uns dias, precisava digerir tudo isso.

Bom, mas eu já passei por outras dificuldades culinárias antes e isso tudo deve ser só uma fase. Inclusive espero que esteja acabando, porque não quero estragar mais absolutamente nada nesta cozinha!!

Me deseja boa sorte?

Panela wok

wok de lado Panela wok

Acho que nunca se falou tanto em “wok” por estas bandas. Parece que virou moda.

Você já ouviu esse nome? Faz idéia do que é?

A wok é uma frigideira redonda, diferente daquelas que a gente está acostumado a ver. Ela tem as laterais mais altas e arredondadas, fazendo com que o fundo seja proporcionalmente menor do que o das frigideiras tradicionais aqui no Brasil.

wok de lado Panela wok
Elas são próprias para cozinhar uma grande quantidade de alimento de uma vez e, por ser circular e aberta, permite que o líquido evapore rápido. Isso é essencial para muitas receitas que devem ser preparadas na wok, como os pratos tailandeses, por exemplo!

Claro que podemos fazer comida brasileira, italiana e até aquele famoso “mexido” (restos da geladeira mexidos harmonicamente) na wok, desde que você ache que o formato dela é apropriado para a sua receita. Pratos únicos são perfeitos para esse tipo de frigideira. Ela é ideal também para refogar alimentos, bem melhor do que as frigideiras normais.

Outra utilidade interessante da wok e muito comum na cozinha tailandesa, é o cozimento a vapor. Usa-se cestas de bambu (você deve encontrar em lojas especializadas em culinária oriental) e suportes para cozinhar a vapor sobre a panela wok (cheia de água fervente). Como ela é larga, dá até para fazer peixes inteiros sobre o suporte.

wok cesto bambu Panela wok

Você pode encontrar a wok com duas alças (como as das panelas normais), com cabo (como as frigideiras mesmo) e com cabo e alça. Eu prefiro com cabo e alça, porque acho mais versátil.

Quando for comprar (ah, compra!!!), escolha uma wok bem pesada, porque elas são sempre as melhores. Certifique-se de que vai aguentar segurá-la pelo cabo com as duas mãos, você vai precisar disso quando criar intimidade com sua panela nova! icon biggrin Panela wok

Tô até te vendo com a panela na mão e fazendo altas manobras!!!!

Escaldar

Post image for Escaldar

Um dia você leu na receita: “escalde as folhas de espinafre e…“.

Péra. Pare um pouco.

Não tinha nem um asterisco* ao lado da palavra “escaldar” pra você saber como se faz isso?

É, o pessoal tem mania de achar que a gente nasce sabendo essas coisas mesmo. Acontece igual com o “refogar” e o “untar“. Por isso que este blog é diferente, ele se importa com você, que está começando do início. icon razz Escaldar

Eu sei que na hora você tentou buscar referências na sua memória para desvendar o que é “escaldar” e o que se lembrou de imediado, provavelmente foi: “escalda-pés“.

No que consiste um escalda-pés?

Um pé frio, cansado e uma bacia de água quente – com sal grosso, flores, ervas e outros “temperos”, conforme a pessoa que está “preparando o caldo” quiser. A água não pode ser “pelando”, mas é quente. O pé fica de molho na água quente e pronto, está feito o escalda-pés. (É tão relaxante, você já fez?)

Bom, essa referência não ajudou com o espinafre que você queria fazer, né? Não se encaixou 100% com o resto da receita, eu suponho.

Daí você lembrou do “gato escaldado“, que tem medo de água fria. Ok, ajudou menos ainda. A verdade é que você nunca entendeu essa expressão sobre o gato muito bem.

Então, sabiamente, você virou a página do livro de receitas e partiu para outra, uma que não tivesse palavras difíceis.

Agora você vai poder voltar lá naquela primeira receita, viu? Vou te explicar tudinho o que você não sabia.

Como “escaldar” um alimento e por quê.

Escaldar é “dar um banho” com um líquido fervente em alguma coisa, seja jogando o líquido quente sobre essa coisa (tipo um banho de chuveiro, chuá!) ou mergulhando a coisa por alguns instantes nesse líquido fervente (banho de banheira, ploft!).

O alimento escaldado é cozido apenas parcialmente, bem pouquinho. Normalmente, essa é uma preparação do ingrediente para que ele possa seguir adiante no processo de preparo. Fora isso, a água fervente mata instantaneamente quase todos os microrganismos presentes na superfície dos alimentos, tornando-os mais seguros para o consumo.

O tempo em que um alimento deve permanecer dentro da água fervente para que seja escaldado (e não completamente cozido) vai variar entre uns 3 e 5 minutos, por aí.

Algumas carnes, miúdos e ossos são escaldados para retirar impurezas e resíduos de sangue. Sabe uma coisa que você já deve ter escaldado e não sabia que estava fazendo isso? Salsicha! Com certeza, se você não fez, deve ter visto ou ouvido alguém falar sobre “ferver a salsicha antes de fazer o cachorro-quente”.

O espinafre, assim como outras hortaliças de sabor mais forte (alho e cebola, por exemplo), são escaldados para ficarem com um sabor mais suave e agradável. As folhas ficam mais verdes e mais “vivas”, mas permanecem cruas se forem resfriadas em água gelada imediatamente depois – porque senão o cozimento continua enquanto estiverem quentes (chamamos essa técnica de “branquear”). Se as folhas ficarem muito cozidas, ficarão macias demais, murchinhas, meio “borocoxô”. Aí já é outro tipo de preparo (não é errado, apenas diferente).

As hortaliças mais comuns na nossa cozinha e que geralmente são escaldadas, são: aspargos, brócolis, couve-flor, vagens, ervilha, acelga, milho e berinjela. (Se você se lembrar de alguma outra, deixe nos comentários. Minha memória anda meio falha.)

“Mas Vanessa, é só ferver a água e pronto?”

Fiz referência a um “líquido fervente”  justamente porque você pode usar muita coisa além de água para escaldar um alimento: sucos, leite, caldos, vinhos e cervejas estão na lista do que já vi por aí.

“Ah, que facilidade. Vou começar a escaldar tudo, porque assim não preciso nem lavar antes, né?”

Não. Lave bem tudo o que for preparar, inclusive as folhas. Não é porque a água fervendo é capaz de matar muitos microrganismos que você vai querer comer os outros, que não morrerem. Fora isso, tem terra e outras sujeirinhas que vêm da horta e do supermercado. Nem vou mencionar as sujeirinhas possíveis, pra não te deixar com muito nojo.

Outra coisa legal de saber é a seguinte: você conseguirá descascar frutas e outras hortaliças com muito mais facilidade se escaldá-las por 30 segundos ou até menos do que isso. Tomate e alho estão incluídos, você pensou nisso? Bom, né?

Agora… O escalda-pés não pode ser feito com água fervente,  viu? Senão, você já sabe: a pele do seu pezinho de pêssego vai sair que é uma beleza!!!

Em tempo: esse pé feio aí da foto não é meu, só peguei emprestado. icon smile Escaldar

Claras em Neve

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A receita que você escolheu pela foto pede para bater clara em neve e então você precisa procurar alguma outra, porque não sabe como fazer isso e nem vende pronto no supermercado.

Chega! Chega! Agora você vai poder fazer bolos fofos, suflês, mousses, suspiros e tudo mais que precisar dessa espuma de clara.

As claras em neve são muito usadas na culinária e dão leveza aos pratos. Isso parece óbvio quando você sabe que ela é formada, basicamente, da clara do ovo e muitas bolhas de ar. Quando batemos as claras, as proteínas do ovo se ligam e formam uma rede de apoio em volta de cada bolha de ar que, por sua vez, “vai entrando” graças ao movimento do batedor. Mas precisa bater corretamente e na medida certa – como você já devia estar suspeitando.

Parece muito complicado mas, entendendo tudo o que eu vou explicar, você vai tirar as claras em neve de um mundo fantástico e trazê-las para a sua vida. (Ówn…)

É longo mas vai ser bastante útil e esclarecedor, acredite!

Como bater claras em neve

As espumas de claras dos ovos são feitas apenas mecanicamente: não precisam de calor para se formar. Porém, não adianta misturar com a colher, chacoalhar na coqueteleira e muito menos bater no liquidificador. É preciso usar o instrumento certo: um batedor de claras manual grande em forma de balão (“fouet”, na foto abaixo. Quanto mais fiozinhos ele tiver, mais ar vai incorporar para dentro da espuma); ou um batedor de encaixar no mixer (é um acessório, parecido com esse batedor manual só que menor); ou uma batedeira (usando o batedor de massas leves, que também parece um “fouet” ou, se não tiver opção de batedor, use o que veio).

Bombom e ovo de chocolate: dicas de como fazer sem stress!

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Eu sei, por experiência própria, que muita gente se descabela quando resolve fazer seus próprios bombons e ovos de Páscoa. É uma das coisas mais irritantes que um novato na cozinha vai enfrentar, se não estiver bem informado do assunto antes de botar a “mão na massa”.

Falta 1 dia para a Páscoa e tenho certeza de que muita gente está tentando vencer esse desafio neste exato momento. Recebi muitas perguntas de leitores e algumas delas me chamaram atenção:

“Fiz tudo como você ensinou no post que fala de temperar chocolate. Depois de preencher as formas, tirei da geladeira, desenformei e tudo ia muito bem, até que os bombons começaram a suar e derreteram. O que eu fiz de errado para merecer bombons suicidas???”

“Este ano eu resolvi economizar e fazer sozinha os ovos de Páscoa dos meus 5 sobrinhos e meus 3 filhos. Gastei mais de R$ 200,00 em barras de chocolate, que se transformaram num monte de chocolate disforme que estou com vontade de tacar pela janela do meu apartamento, no 6º andar, direto na lixeira que fica do outro lado da rua. Pensei também em esfregar na cara do meu marido, porque foi ele quem me mostrou um post no facebook que falava do preço absurdo dos ovos de Páscoa e eu me deixei levar. Qual dessas opções você acha mais apropriada para o meu caso?”

“Comprei esta merd* de chocolate e não consigo tirar nem um bombom filho da *** dessa forma escr*ta. Se eu conseguisse fazer esse monte de chocolate vagabund* voltar a ser uma p***a de uma barra, amarraria um laço de fita e entregaria na mão da vaca da minha sogra no próximo domingo com um cartão dizendo: “Sogra querida, o chocolate derrete na temperatura do corpo humano. Enfia esse ovo no **!”. O que eu faço, pelo amor de Deus?????”

Gente, que pavor, né? Nossa, fiquei realmente muito preocupada com as perguntas que viriam na sequência.

Vamos nos acalmar, quebrar esse bloqueio com chocolate, entender um pouco melhor e começar tudo de novo. Tipo dever de casa de matemática.

Vou começar pelo fim: se você não tem intimidade com chocolate e acha que não vai ter paciência para quebrar a cara várias vezes, compre “cobertura de chocolate” ou “cobertura sabor chocolate” ao invés de “chocolate”.

Agora eu vou explicar como chegar a essa conclusão.

É a gordura do chocolate que nos permite derreter uma barra e depois modelá-lo novamente. Porém, para que ele endureça da maneira ideal, é preciso um pouco de ciência. Dê uma lida no post “Temperar o chocolate” para entender melhor sobre essa gordura, que é a manteiga de cacau.

O que se quer com a temperagem, em resumo, é que aquele chocolate derretido volte a ficar sólido, com uma boa aparência e a melhor textura possível, tanto na hora de quebrá-lo com os dentes quanto quando o colocamos dentro na boca. Ela é feita para que a gordura adquira de novo a forma de cristais minúsculos, bastante organizada, que faz o chocolate se solidificar daquela maneira ideal. Se os cristais se formam de um jeito desorganizado, eles ficam maiores e a textura do chocolate fica granulosa.

Se você estiver usando chocolate (o comum, que não é “cobertura”), é realmente necessário fazer a temperagem. Quer dizer, você pode até não fazer, quando não estiver se preocupando com a aparência, textura e especialmente, se for consumi-lo logo depois. Os chocolates não temperados, quando se solidificam, podem ficar com uma textura esfarelenta, com a superfície manchada e você poderá achá-lo seco na boca ou gorduroso. Apesar de feinho, o chocolate será gostoso do mesmo jeito. Porém, estamos falando aqui de bombons e ovos de Páscoa, então não é o caso. Se for para cobrir um biscoito num dia que estiver com um desejo muito forte de doce, até que vai muito bem.

Vou listar 10 dicas para quem pretende temperar o chocolate hoje, amanhã ou em qualquer dia do futuro e que também poderão servir para muitos como “10 razões para não encarar a temperagem“.

10 dicas úteis para trabalhar com chocolate temperado:

1) Temperatura ambiente

Se você mora numa cidade quente como o Rio de Janeiro ou pelo Norte e Nordeste deste imenso país, aproveite os raros dias “frios” (se houver) ou equipe-se com um ar condicionado. Não só a temperagem mas o trabalho com chocolates em geral devem ser feitos em um ambiente fresco e sem muita umidade, de preferência refrigerado a 20º C. Se o ambiente estiver numa temperatura próxima à corporal, a manteiga de cacau do chocolate vai derreter, ficar pegajosa e você poderá se irritar um pouco com ele. Se você mora numa cidade com clima frio mas sua cozinha é quente e/ou úmida, também vale para você;

2) Fazer, refazer e repetir de novo

Quando a temperagem não dá certo, sempre é possível começar de novo. Entretanto, se o fator complicador for a temperatura do ambiente, vai ser difícil “acertar a mão”;

3) Utensílios para misturar chocolate

Os utensílios ideais para misturar o chocolate temperado são espátulas de silicone e colheres de pau, porque não conduzem o calor para fora do chocolate (sempre a física provando que teria valido a pena ser bem estudada…) e você consegue ter um controle melhor da temperatura do seu chocolate;

4) O calor e as formas

O correto é aquecer levemente a forma que você vai usar, para que a temperatura do chocolate temperado seja mantida enquanto ele está sendo modelado. Mas não pode aquecer demais, não pode parecer quente quando você segurar com as mãos. A temperatura ideal é entre 20ºC e 27ºC. “Chupa essa manga”;

5) Manter aquecido na temperatura certa

O chocolate temperado precisa ser mantido fino (“fino” mesmo, o contrário de “grosso”) para que você possa trabalhar com ele. Para isso, é preciso que a tigela fique dentro de um recipiente com água morna (entre 32ºC e 34ºC, se tiver um termômetro);

6) Temperatura dos recheios

Se for rechear bombons ou ovo de Páscoa, esse recheio precisa estar à temperatura ambiente. Se você pegar da geladeira e usar frio mesmo, ele vai fazer com que o chocolate endureça prematuramente e fique esfarelento;

7) Bordas bonitas

Para que as bordas do seu chocolate fiquem bonitas, corte-as antes que ele fique quebradiço, assim que endurecer;

8 ) No tempo certo, no lugar certo, na hora certa

Para que o endurecimento do chocolate ocorra de forma correta e que você consiga desenformá-lo com facilidade, é preciso deixá-lo descansar em temperatura ambiente por pelo menos 15 minutos após terminar de moldá-lo (forrar a forma de ovo de Páscoa, por exemplo). Apenas depois disso, coloque-o na geladeira por 10 ou 15 minutos, ou até que ele encolha um pouco e se desenforme sozinho. É preciso respeitar esse tempo de descanso (antes da geladeira) porque a refrigeração imediata evita que a manteiga de cacau se cristalize completamente, o que vai resultar num chocolate mole e oleoso que ficará com textura granulada com o tempo.

Atenção: não deixe o chocolate por mais tempo do que o necessário na geladeira para que não fique gelado. Se isso acontecer, quando retirá-lo de lá, a umidade do ar irá se condensar sobre sua superfície gelada e ele ficará pegajoso e manchado.

9) Dê tempo para o chocolate

Depois de prontos, os chocolates devem maturar em temperatura ambiente: devem ficar descansando por 24 horas, fora da geladeira. Dê esse tempo para que desenvolvam uma superfície dura e se estabilizem, garantindo que o chocolate não irá se deformar e que tenha uma boa quebra (o “tec”);

10) Segurar sem estragar

Luvas cirúrgicas são uma boa saída para que as suas impressões digitais não fiquem impressas no chocolate. É, porque ele até resiste a toques mais rápidos, mas se você ficar segurando por alguns segundos, ele vai derreter com a temperatura do seu corpo e, então, acabará adquirindo a forma das suas digitais. Esta dica é ótima para quem vai embalar os chocolates.

Estou aqui prevendo algumas perguntas, mesmo depois dessas 10 dicas preciosas. Vamos a elas:

“Fiz bombons de chocolate, mas sem forma. Apenas cobri a massa, como se fossem trufas. Achei que a superfície fosse ficar linda, brilhante, porque fiz a temperagem direitinho. Só que o que eu tive foram coberturas opacas. O que houve?”

Quando o chocolate temperado endurece em contato com um objeto, ele fica com a forma e textura da superfície em contato. Por exemplo, fica liso e brilhante quando se solidifica em contato com uma forma de acetato (essas forminhas de ovo de páscoa e bombons), opaco se for um papel-manteiga e enrugadinho se for um papel amassado. Se endurecer em contato com o ar, ele fica homogêneo, mas opaco (sem brilho).

“Fiz uns bombons de morango simples, só o morango e o chocolate por cima. Lavei as frutas, que estavam fora da geladeira, sequei e passei no chocolate. Com esse mesmo chocolate, fiz outro tipo de bombons numa forma. Agora, o que eu tenho são bombons lindos (os da forma) e outros feios (os do morango). O que aconteceu?”

Além de secar muito bem o morango, é preciso certificar-se de que ele está numa temperatura ideal para entrar em contato com o chocolate temperado, que seria de 20ºC e 27ºC. Isso é muito difícil, eu sei. Você disse que eles estavam fora da geladeira mas talvez a água que usou para lavá-los estivesse gelada. Da próxima vez, lave os morangos antes e deixe-os repousando, para ter certeza de que estarão à temperatura ambiente. Deixe também para secá-los depois disso, afinal a umidade do ar se condensa sobre superfícies geladas e ele poderá ficar molhado de novo.

“Você falou que os bombons deveriam ficar entre 10 e 15 minutos na geladeira, depois do repouso. Só que eu fiz assim e não endureceu. E olha que era só de chocolate! Será que a minha geladeira está desregulada?”

E olha que foi exatamente porque eram só de chocolate! Neste caso, eles realmente demoram mais para soltar da forma. Espere e observe quando começarão a se desenformar sozinhos. Sua geladeira não está com problemas. A verdade é que a temperatura ideal dentro dela para chocolates é em torno de 4ºC, mas nem mencionei isso porque achei que seria uma informação irrelevante.”

Agora, vamos às respostas daquelas perguntas lá do início, na mesma ordem:

Resposta 1) Seus bombons saíram da geladeira e começaram a suar e derreter. Apostaria um ano de supermercados grátis que você colocou a forma na geladeira assim que terminou de forrar com o chocolate. Agora você já sabe que não deve fazer isso.

Resposta 2) O chocolate ficou disforme? Bem, não sei ao certo se você está falando que ele perdeu a forma porque ficou com uma aparência estranha ou se é porque ficou mole. Acho que, pelo seu relato e pela minha intuição, é possível que o ambiente esteja muito quente e ele não esteja se mantendo completamente sólido. Pode ter sido porque não temperou direito. Pode ser também porque endureceu precocemente na geladeira, sem aquele repousinho de 15 minutos e aí, quando ficou fora dela, amoleceu mais ainda do que poderia amolecer caso tivesse sido feito corretamente e estivesse fazendo um calor de 52 graus.  Enfim, entre as opções que você citou, acho que você deveria esfregar na cara do seu marido. Seria muito mais divertido e gostoso.

Resposta 3) Coisa fofa, o chocolate ainda estava mole, por isso não soltava da forma! Pode ter sido porque precisava ir por uns minutos para a geladeira ou porque a temperagem não foi adequada. Sinceramente, acho que esse negócio de temperar o chocolate é muito bacana para fazer chocolates finos e tal, mas talvez seja muito difícil mesmo, rs! No fim das contas, você me fez dar muita risada com o seu desespero – isso te ajuda a achar que alguma coisa deu certo? Façamos o seguinte: compre um ovinho para a sua sogra e, quem sabe no ano que vem, com esse trauma superado, você tente de novo só que com outro tipo de chocolate: a cobertura! Vou falar agora sobre ela, acompanhe o post até o fim.

Cobertura de Chocolate

Já não é novidade para ninguém que o chocolate é um produto difícil de se trabalhar porque sua gordura é muito “sensível e temperamental”. Por isso, as indústrias inventaram a “cobertura de chocolate” ou “cobertura sabor chocolate“. Nela, a manteiga de cacau é parcial ou completamente substituída pela gordura de outras sementes tropicais, que permanecem estáveis em temperatura ambiente. Ao contrário da manteiga de cacau, elas não ficam moles em temperaturas elevadas e, mesmo tendo sido derretidas, já estão endurecidas de novo à temperatura ambiente, sem precisar temperar. Elas também continuam brilhantes e com uma quebra que pode ser até bem boazinha.

As coberturas são chocolates “fracionados” ou “hidrogenados”. O nome não faz tanta diferença porque não diz nada, mas a marca tem feito muita. Acho que é a única coisa hoje em dia que você pode olhar na embalagem e falar: “esta deve ser melhor”. Algumas marcas mais baratas produzem coberturas péssimas, com um gosto e textura muito diferentes do chocolate. Parece que você está comendo uma cera, sei lá. Passe longe!

Não sabemos ao certo quais são esses óleos vegetais hidrogenados que são usados na produção das coberturas, mas sempre tememos que não sejam saudáveis, né? Sobre serem mais gordurosos, é difícil comparar a quantidade de gordura de um chocolate normal e um fracionado. É que a quantidade de manteiga de cacau pode variar tanto entre os tipos de chocolate (amargo, meio amargo, ao leite e branco) e entre as marcas (uma barata e outra de chocolate fino), que fica difícil fazer comparações precisas. De modo geral, as coberturas são mais gordurosas.

Gorduras a parte, o fato é que o esforço para que as coberturas sejam saborosas é grande e algumas marcas conseguem bons resultados, mas nunca serão iguais aos chocolates de verdade.

Orientações de uso: derreta a cobertura conforme especificado na embalagem (já que cada uma é feita de um jeito e o fabricante saberá melhor do que ninguém o tempo e temperatura ideais para derreter a gordura que usou na composição, na proporção que usou etc.). Misture para ficar homogêneo. Use o chocolate derretido direto na sua forma, deixando ele endurecer fora da geladeira ou dentro dela, mas com o mesmo cuidado de não deixar ficar gelado (a umidade do ar se condensa sobre superfícies geladas, independente da gordura usada nela!). Se a cobertura esfriar e ficar muito grossa antes de usar, derreta mais um pouco e assim por diante.

Pode guardar de novo o que sobrar, bem vedado para não estragar em contato com o ar. Procure não derreter muito mais do que acha que vai usar, de qualquer forma.

Para quem está começando a fazer bombons e ovos de Páscoa, a cobertura é uma boa opção. (Para contrariar muita gente.) Sim, porque até derreter o chocolate sem queimar é um desafio para um iniciante. Depois, crie coragem e parta para o chocolate temperado. Já ensinei a fazer a temperagem no microondas, dei várias dicas aqui e você tem tudo o que precisa para fazer dar certo. Vale a pena evoluir para o chocolate de verdade, até porque, além de ser naturalmente maravilhoso e muito mais versátil na gastronomia, é bastante divertido de brincar, errar, comer o que deu errado, tentar de novo, errar de novo e finalmente acertar! icon smile Bombom e ovo de chocolate: dicas de como fazer sem stress!

Ufa! Este post ficou enorme mas estou aliviada por esclarecer tanta coisa.

Me conta?

Temperar o chocolate

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Já ouviu falar em temperar a água do banho? Ou que a “fulaninha” é “destemperada” porque sente frio enquanto todo mundo sente calor?

“Temperar” não é só sal, pimentas e ervas. Bom, se for um banho de descarrego até rola uns temperinhos, né? Mas estamos falando aqui é de temperatura!

Quando falamos em “temperar o chocolate“, estamos nos referindo ao esforço que fazemos para levá-lo a uma temperatura ideal para trabalharmos com ele. Não é também a temperatura ideal para não queimar sua mão. Essa história vai muito além!

Todo chocolate que você compra no mercado (menos o branco), tem partículas microscópicas de chocolate puro, manteiga de cacau e açúcar. A manteiga de cacau tem pelo menos seis gorduras diferentes e cada uma delas se cristaliza em uma temperatura diferente. Sabe quando o líquido fica sólido? “Solidificação”, não é? Então. A gordura derretida se cristaliza quando atinge uma determinada temperatura, assim como ela derrete ao atingir a mesma temperatura, quando está dirigindo na mão contrária do termômetro.

O chocolate fica perfeito para ser usado em confeitaria quando apenas uma dessas gorduras está cristalizada, porque é ela que tem exatamente as propriedades que desejamos: um chocolate brilhante que faz “tec” quando a gente morde (crocante). Essa gordura vai derreter na boca porque a temperatura do nosso corpo é um pouco maior do que a sua temperatura de solidificação.

Mas como é possível deixar só uma gordura cristalizada, se tem tantas outras junto?

A-há!! Não estamos falando de “temperar o chocolate”? É essa a batalha.

Como temperar o chocolate no microondas

Sei que já te expliquei como derreter o chocolate no microondas, mas você já entendeu a esta altura que “derreter” e “temperar” não são a mesma coisa.

Para temperar, primeiro você derrete o chocolate em uma potência entre 800 e 1000 W. O meu microondas é de 800 W, então posso usar a potência máxima mesmo (aquela que é padrão, que não precisa regular). Verifique a potência do seu microondas, se precisar busque o modelo dele na Internet que você descobre rapidinho.

Use um refratário super seco e não precisa tampar!

Deixe o chocolate por 15 ou 20 segundos e vá mexendo nos intervalos. Não mexa muito, é só o suficiente para ajudá-lo a ficar com uma temperatura uniforme (coisa que o microondas não consegue fazer sozinho).

Faça isso até o chocolate ficar quase todo derretido, apenas com alguns pedaços ainda sólidos. É muito importante parar neste ponto, com os pedaços.

Tire do microondas e continue mexendo, até que ele fique todo derretido. A textura será um líquido encorpado.

Pronto! Está aí o chocolate temperado no microondas.

Agora, minha recomendação é que você use logo antes que ele “se destempere”! Aí é o ponto de ódio do chocolate, em que você quer tacar colheradas na parede. Principalmente se você não tiver um termômetro próprio para refazer a têmpera (não adianta repetir o processo no microondas a menos que o chocolate se critalize todo antes).

Como temperar o chocolate em uma superfície fria (mármore)

Pode ser no mármore ou em uma superfície lisa de aço inoxidável (tipo o fundo daquela bandeja de inox que ninguém usa na sua casa).

Derreta o chocolate em banho-maria. Cuidado com o vapor da água, porque você já sabe que qualquer aguazinha vai detonar seu chocolate (inclusive o recipiente precisa estar bem seco).

A temperatura que o chocolate precisa atingir é entre 40 e 45°C, mas eu tenho certeza que você não tem um termômetro culinário (senão não estaria aqui neste blog), então pense que ele tem que ficar completamente derretido. Ajude mexendo um pouco com uma espátula.

Despeje 2/3 do chocolate sobre a superfície lisa que vai usar, bem limpa e hiper seca!!

Agora vem a parte do “eu sou muito ‘profissa’ na cozinha!”.

Use uma espátula para empurrar o chocolate da borda para o centro e depois puxar para o borda de novo. Faça isso por todos os lados, repetidamente, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, até que ele fique encorpado e formando pequenos picos (é, picos mesmo!) quando você o derrama de cima com a espátula (esse movimento é só para testar o ponto!). A temperatura ideal é de 28°C, só para você saber.

Em seguida, leve o chocolate que você resfriou para dentro daquele recipiente que tem 1/3 de chocolate derretido. Misture um com o outro até que fique homogêneo! A temperatura ficará entre 31 e 32°C, ok? Para quando tiver um termômetro culinário…

Seu chocolate está temperado e pronto para forrar forminhas, glacear bolos e fazer outras decorações.

Reparei que tem muita gente vindo parar aqui no Socorro na Cozinha porque quer aprender algumas coisinhas para fazer bombons e ovos de Páscoa. Acho super legal, mas tome um chá de camomila antes porque chocolate é uma coisa que precisa de muita paciência para trabalhar. Muita!!! (Atualizando: tem post novo para ajudar os desesperados da Páscoa: Bombom e ovo de chocolate: dicas de como fazer sem stress!)

Boa sorte!

Como fazer espuma de leite sem máquina

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Sabe aquela espuma de leite que costuma acompanhar o café expresso e o capuccino quando há uma máquina de expresso com uma varinha de vapor por perto? Você nunca quis comer “de colherada” ou colocar no seu chocolate quente?

Se você respondeu “não”, então diga-me se não quer tomar um café com espuma de leite mesmo sem ter uma máquina daquelas em casa? Ah!! Melhor: se você até tem uma cafeteira “bacanuda” em casa mas não teve grana para comprar a mais cara, que faz a espuma, não gostaria de poder fazê-la por conta própria?

Vamos fazer espuma no microondas, o que você está esperando?

Receita de Espuma de Leite Fresco no Microondas

Ingredientes:

- Leite fresco e gelado, na quantidade que quiser (o integral vai resultar numa espuma mais molenga e saborosa; já a espuma do leite desnatado é mais firme e seca. Faça sua escolha experimentando todas as variedades de leite fresco)

Modo de preparo:

Coloque o leite fresco e gelado em um recipiente grande, com tampa, que possa ser levado ao microondas e que tenha bastante espaço de sobra para mais do que triplicar a quantidade do leite.

Confira se está bem tampado e chacoalhe bem, até o leite dobrar de volume.

Retire a tampa e leve ao microondas, em potência alta mesmo (não precisa mudar a potência). Espere até que a espuma chegue ao topo do recipiente e desligue imediatamente.

Espuminha pronta! Agora é só servir sobre a sua bebida.

Por favor, só não fique chupando a colherzinha porque é muito feio.

Refogar

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“Comece refogando a cebola, o alho e os demais temperos”

Ma!!!! Que diabos é “refogar“??

Cri.

Cri.

Cri.

Eu bem sei que tem muita gente, muita mesmo, que desiste de fazer alguma receita só de ler essa palavrinha mágica na primeira frase do modo de preparo.

É ué, o que é que tem? Ninguém nasce sabendo as técnicas básicas de culinária, por mais simples que elas sejam. Aí, quando a gente atinge uma certa idade, tem aquela sensação de “eu já devia saber o que é isso, não vou perguntar pra ninguém”.

É para isso que existe o Socorro na Cozinha! Ó que beleza.

Como “refogar” um alimento

Refogar é fritar os ingredientes (que a receita diz) em pouca gordura fervente.

Essa gordura pode ser qualquer uma, mas as mais comuns são: óleo, azeite e manteiga.

Nessa técnica, o alimento cozinha com pouca gordura, em temperatura alta e é mexido durante todo o tempo. Basicamente isso, sem nenhum mistério.

No preparo do arroz, por exemplo, a etapa anterior à adição da água é o que chamados de “refogar”.

Quando alguma receita disser: “refogue com cebola, alho, sal e tomates durante algum tempo e, em seguida, adicione a água e deixe cozinhar por 5 minutos”, você já sabe o que fazer. É para fritar os ingredientes com um pouco de gordura quente até eles ficarem cozidos, e aí vai começar outra etapa do preparo, na qual o método de cocção (“cozimento”) é outro.

“Mas o que é ‘um pouco’ de gordura, no caso?”

“No caso”, é um tanto que “molhe” todo o alimento que será refogado. Não é fritura por imersão, não é para fazer piscininha. É só o suficiente para envolver tudo que estiver ali.

Refogamos muito cebola e alho nas receitas por aí, repare só!

Para refogar a cebola, vou adiantar que você precisa fritar até que ela fique transparente. Já o alho, deixe dourar bem pouquinho (se for para fazer arroz, não deixe dourando, senão seu arroz não vai ficar todo branquinho). Bom, se a receita disser para fazer de algum modo específico, acredite nela!

Olha só que coisa mais sem sete cabeças? Não é uma moleza?

Agora você acaba de ganhar o mundo. Vai sair refogando tudo!!!

Tô até vendo. icon smile Refogar

Vitamina de Abacate

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Tenho uma simpatia por bebidas que deixam bigode. Vitamina de abacate é uma delas.

Pode parecer impossível (para quem gosta) mas dá para ficar ruim, é só errar na proporção dos ingredientes.

A receita que eu vou dar rende 2 copos de 250 ml e mais um “chorinho”! Essa medida é boa porque geralmente basta e não sobra para ficar na geladeira (a não ser que tenha uma galera para beber). Se você não tiver ninguém para dividir, tome tudo e fique com essa sensação de “vou explodir” que estou sentindo enquanto escrevo este post (depois de fazer, fotografar e tomar toda a vitamina com bigode). Claro, sempre pode guardar na geladeira para logo mais.

Receita de Vitamina de Abacate

Ingredientes:

1/2 abacate grande (ou 1 pequeno)

1 e 1/2 copo ( de 250 ml, ou de requeijão) de leite

Gotas de limão (o número de gotas é o seguinte: parta o limão ao meio e dê um apertão. O que sair, independente do número de gotas, é a quantidade ideal)

1 colher (chá) de açúcar, bem cheia (se quiser usar adoçante, fique à vontade. Só não sei a quantidade porque é realmente a gosto: tem gente que coloca 3 gotas no cafezinho e tem gente que coloca 40. Fica difícil trabalhar com essas medidas tão pessoais)

Modo de preparo:

Lave o abacate, parta ao meio e use a metade que ficou sem o caroço. A metade do caroço vai para a geladeira, envolvida com um plástico filme.

Com uma colher, tire a polpa da fruta e vá colocando no liquidificador. Tire as partes escuras, se houver.

Acrescente o leite, o açúcar e o limão.

“Aahh, mas eu não quero com limão.”

Ele vai deixar sua vitamina mais cremosa, vai evitar que ela escureça e dar um sabor muito mais especial. A escolha é sua!

Bata por uns 15 segundos e pronto!

Sirva o copo bem cheio, para o bigode ficar maior. icon smile Vitamina de Abacate

Vitamina de Abacate para Bebês

Pode fazer para bebês a partir de 6 meses, apenas substitua o leite de vaca por leite materno ou preparado para diluir. O açúcar também fica de fora, então dispense também o limão.

Bon Appétit!

Hamburguer para o dia das Crianças!

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Dia das Crianças!!

O que mais eu poderia pensar em fazer além de escrever uma receita especial para este dia?

Pedi ajuda no facebook, para algumas mães e, finalmente, tive a brilhante idéia de ligar para meus irmãos (que são crianças) me darem uma força na escolha do cardápio. Fiz uma ligação pelo skype, eles moram a mais de 400 km de distância, lá em Belzonte.

“Amanhã é dia das Crianças e eu preciso de uma ajuda de vocês!…Bom, vocês sabem que eu tenho um blog né? Lá eu ensino as pessoas a cozinhar. Queria fazer uma receita especial para crianças, vocês têm alguma idéia para dar?”

Maria Julia respondeu: “Bolo! Bolo de chocolate.”

Eu disse: “Mas sem ser doce, me dá idéia de alguma coisa salgada.”

MJ responde com a maior simplicidade do mundo: “pastel de banana!”

#morri!! Fofa demais essa minha irmã.

MJ: “Já sei, hamburguer! Toda criança gosta de hamburguer!”

Eu: “Hamburguer? Hamburguer como?”

Maria Julia dá a receita:

Minha irmã nem é ovo-lacto-vegetariana mas você reparou que faltou a carne? Talvez ela tenha esquecido mas a ênfase para o ovo foi tão grande (só podia mesmo ser sangue do meu sangue), que acho possível que ela goste de comer o hamburguer sem carne.

Bom, #ficadica dela para os ovo-lacto-vegetarianos!

É provável que você já saiba fazer um hamburguer mas talvez se enrole quando tem que fazer vários. Vou te ajudar a preparar um tantão de uma vez e ainda servir tudo quentinho!

Receita de Hamburguer da Maria Julia (adaptada)

Ingredientes:

Pão de hamburguer (quantos quiser)

Carne de hamburguer (de sua preferência, uma para cada pão)

Ovo (um para cada pão)

Queijo prato, mussarela ou cheddar (na quantidade desejada)

Alface (use folhas inteiras lavadas e secas)

Tomate fatiado (nem muito grosso, nem tipo óstia)

Maionese, mostarda e ketchup (a gosto)

Modo de preparo:

Acenda o forno para pré-aquecer em uma temperatura média.

Separe os ingredientes que vai usar, para ficar tudo bem organizado. Deixe o alface limpo e seco, o tomate fatiado, as carnes fora do plástico, os queijos fatiados e os ovos na beirada da pia. Os molhos também já podem ficar fora da geladeira.

Parta os pães delicadamente para não deformá-los e leve-os para o forno em um tabuleiro. Eles devem ficar lá por uns 3 ou 5 minutinhos. Cuidado para não deixar muito tempo porque senão vão endurecer e virar torrada! Quando apagar o forno, deixe os pães lá dentro para que fiquem quentinhos.

Coloque a frigideira antiaderente (se usar a frigideira certa, vai fazer tudo sem grudar) no fogo alto e vá fazendo as carnes de hamburguer, uma por uma. Não precisa esturricar, só deixe dourar dos dois lados.

Conforme for tirando e colocando em uma travessa, vá cobrindo com o queijo fatiado para ele começar a derreter sobre ela.

Quando terminar as carnes e elas já estiverem cobertas com o queijo, retire o tabuleiro do forno e coloque uma a uma sobre as partes de baixo dos pães.

Volte com tudo para o forno (que já deveria estar apagado).

Comece a fazer o ovo frito. Faça o ovo normalmente mas fure a gema antes de colocar o sal. Quando o ovo estiver durinho por baixo, use uma espátula para virá-lo de lado. Ele vai ficar bagunçado mas não tem problema, é assim mesmo!

Vá empilhando os ovos em um prato para não ficar tirando os pães do forno quente.

Quando terminar, tire o tabuleiro e coloque um a um sobre cada carne com queijo (que vai estar derretido na medida certa).

Por cima do ovo coloque o tomate (uma ou duas fatias) e o alface.

Antes de tampar o hamburguer com o outro lado do pão, passe maionese, mostarda e ketchup se gostar.

Prontinho!

Ah, pode espetar um palito para o pão não desmontar (se tiver ficado muito alto). Só avise as crianças para que elas não se espetem!

Bon Appétit!

OBS.: Minha outra irmã, Ana Cecília, colaborou criando um tal de “Sanduchoco” que vou fazer aqui qualquer hora para ver se ela é uma chocólatra competente…

Sanduíche crocante de pepino

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E por falar em pepino, me lembrei de uma dica das boas.

Sabe o que deixa um sanduíche verdadeiramente crocante?

Não é batata palha.

Não é cebola chips.

Não é sucrilhos.

Não, não é o que você está pensando, seja lá o que for.

É uma boa fatia de pepino com casca.

Isso mesmo, pepino com casca! (Sem papo de “dá azia”, eu já disse que a casca do pepino vai resolver isso.)

Aprendi isso faz anos, muitos anos. Tínhamos uma vizinha na minha rua que era obesa (a maior pessoa que eu já havia visto na vida) e que emagreceu o equivalente a umas duas crianças iguais a mim na época, caminhando freneticamente e comendo sanduíches fartos e deliciosos no jantar. Eles eram bastante apetitosos e foi o médico (ou seria o nutricionista?) quem passou a receita para ela.

Eu e minha mãe ficamos com água na boca e aprendemos a fazer. É, a gente realmente ficou querendo comer o jantar de dieta da vizinha, então você imagina, no mínimo, o cheiro bom que ele tinha. Claro que com o tempo algumas adaptações foram acontecendo, mas a essência tá lá (o pepino)! Coisa simples que a gente nunca imagina o quanto fica bom.

Você pode fazer como quiser mas tem uns ingredientes básicos. Lá vai:

Receita de Sanduíche Crocante com Pepino

1 pão francês (ou outro que preferir, mas o dela era o francês)

1 colher de maionese ou requeijão (ou o que você achar melhor, como pasta de soja, pasta de ricota…)

2 ou 3 folhas de alface americana (depende do tamanho da folha, você vai colocando e vê quantas cabem. Pode ser outro tipo de alface, mas a americana é mais crocante)

1 filé de frango grelhado (inteiro ou desfiado – ou fatias de peito de peru, para quem não sabe grelhar um frango ou está sem essa opção na geladeira)

4 ou 5 fatias grossas de pepino (corte grosseiramente, mas também não é para ter um dedo de espessura. A quantidade é mais ou menos essa, vá colocando uma fatia ao lado da outra)

3 ou 4 fatias grossas de queijo prato light (pode ser sem ser light também, você escolhe. Acho que o queijo prato cai muito bem, mas você pode sempre usar aquele que gosta mais. As fatias devem ser cortadas no mesmo esquema do pepino, grosseiramente. Veja quantas cabem, sempre colocando uma do lado da outra)

Sal para temperar a alface e o pepino  (não precisa, eu não uso, mas você pode usar se quiser)

Modo de preparo:

Parta o pão se for de partir. (Pão de forma não precisa, se você estiver com uma “?” estampada na testa.)

Passe a maionese ou o outro ingrediente que escolheu nos dois lados internos do pão (que vão ficar virados para dentro, óbvio).

Coloque o frango. Por cima dele, o queijo.

Sobre o queijo, coloque o pepino e depois o alface.

Feche o pão! (Ou coloque por cima a outra fatia que você já preparou, com o recheio para dentro!)

Dê uma mordida e surpreenda-se com a crocância incomparável do pepino.

Depois conta aqui o que achou!

Ah!! Esse aí da foto foi feito com pasta de soja de alho e cebolinha, peito de peru, queijo prato light e alface roxa.

Bon Appétit!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Folhado de massa pronta

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Este é um post que não é patrocinado mas bem que poderia ser. Vim aqui promover a massa folhada pronta.

Hoje fiz faxina em casa o dia todo (ha-ha-ha, que divertido) e cheguei no fim do dia mais envergada do que a minha avó depois de uma partida de futebol com prorrogação. Aí tinha que preparar um post ainda. É, porque compromisso é compromisso.

Fui então correndo para o supermercado antes que ele fechasse e fiquei dando voltinhas pelos corredores para ver se tinha alguma idéia (Tico e Teco já tinham tomado banho e dormido, não podiam mais me ajudar).

Foi quando eu passei pelo freezer e vi uma massa folhada pronta congelada. Comecei a ler e vi que tinha que “resfriar por 12 horas”. Parei a leitura por ali mesmo, não tenho tempo para isso. Fui então para a geladeira ver se tinha massa resfriada.

Achei! Peguei a massa, uns queijos e fui para a fila do único caixa que ainda estava aberto para esperar uma vida inteira. E ainda tive que encarar as costas de um mariquinha que correu para chegar na minha frente. Bostão.

Cheguei em casa e fui direto para a cozinha preparar meu solitário lanchinho da madrugada.

Receita de folhado com massa pronta

Ingredientes:

Massa Folhada (comprei a da Massa Leve)

Queijos, presunto, frango, calabresa, banana com canela, chocolate, Nutella, o que sua criatividade mandar. Só não pode rechear com coisas quentes e nem congeladas, precisa ser alguma coisa que tenha apenas que aquecer um pouco para ficar bom.

Gema de ovo para pincelar

Modo de preparo:

Tire a massa de dentro da embalagem com cuidado, ela é delicada.

Coloque o recheio mas não exagere na quantidade para não transbordar quando assar.  Posicione-o pensando que vai ter que dobrar a massa por cima dele e colar as beiradas, então também não chegue o recheio muito perto da borda.

Dobre o outro lado da massa sobre o lado que você colocou o recheio e ligue as pontas. Pressione levemente toda a extensão da borda para que os dois lados fiquem bem coladinhos.

Abra um ovo e separe a gema. Como??? Ah, isso é assunto para outro post, enquanto isso se vira aí meu camarada!!! Abra o ovo num potinho e pesque a gema, se ficar muito difícil.

Pincele um pouco da gema por cima de cada folhado, sem exagero.

Coloque já na forma que vai usar para assar e leve para a geladeira por 30 minutos. Na metade desse tempo, acenda o forno para pré-aquecer a 200°C. Não desrespeite essas regras!!!

15 minutos depois, pegue a forma e coloque no forno para assar até dourar.

Na embalagem (eu leio tudo sempre), dizia que o tempo poderia ser de 10 minutos, mas com 5 minutos já estava suficientemente dourado. Mais um pouco ficava queimado.

Pronto!! Tem como ser mais fácil do que isso??

Ficou delicioso, com a massa croncante e me arrependi amargamente de ter feito só 3 (todos para eu comer na minha companhia). Dois deles foram com 4 queijos (gorgonzola, catupiry, queijo prato e provolone) e o outro de Nutella (óbvio).

A massa folhada é muito leve, comeria fácil mais 3! icon razz Folhado de massa pronta

Ah! Dei o crédito para a marca “Massa Leve” porque realmente foi aprovada e é a única que eu posso garantir para vocês, por enquanto, que vai dar um bom o resultado. Não tive oportunidade ainda de conhecer outra massa folhada pronta, mas acho que rola de se arriscar!

Outro dia mesmo estava tentando aprender a fazer essa massa, lembra que contei do metrô?

Não encontrei categoria melhor do que “Salgadinhos” para este post, então desculpem por transformar tudo em doce de Nutella.

Bon Appétit!

Salada de rúcula com queijo parmesão

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Tem gente aqui que está me pedindo receitas de saladas faz tempo. É que quando a gente está de dieta, acaba comendo quase todos os dias a mesmíssima salada.

Vai me dizer que não é verdade?

A menos que se coma fora todos os dias, que se tenha uma boa cozinheira em casa, é quase sempre assim.

Também estou com esse probleminha. Preciso comer mais salada mas não tenho muita vontade porque já fiz tanta dieta no passado que, só de olhar para uma folha de alface e uma rodela de tomate, ugh,  já me dá ânsia de vômito.

Achei que poderia ser bacana se eu fizesse umas saladas diferentes para mim e para o blog, que tal?

Escolhi a rúcula para começar os trabalhos. Gosto dela porque é picante, tem um sabor marcante e é, portanto, uma folha interessante. Rs! (Aff, olha pra mim aqui defendendo a rúcula…)

Esta salada é super simples, é um acompanhamento e não uma salada completa, que substitua uma refeição. Experimente e incremente depois como quiser.

O bom de ser tão simples é que não tem que lavar muita variedade de folhas e fica pronto em 5 minutos!

Receita de Salada de Rúcula com Parmesão

Ingredientes:

- 300 g de rúcula (lave bem as folhas, uma por uma)

- 80 g de queijo parmesão (você vai usar um tanto ralado fino e o resto em lascas, então é melhor comprar um pedaço do queijo inteiro)

- 4 colheres (sopa) de suco de limão (é só espremer o limão para retirar seu suco)

- 2 colheres (sopa) de azeite

- 1 colher (chá) de mostarda de Dijon (ela é mais cara porque costuma ser importada, mas vale a pena ter em casa. Você vai usar muito pouco, então vai sobrar quase tudo. Se ficar na dúvida na hora de comprar, basta ler o nome da mostarda que estará bem visível no rótulo. A mostarda de Dijon é bem forte, inconfundível!)

- Sal a gosto (sempre comece com uma pitada e aí você vai colocando mais conforme achar necessário ao provar)

- Pimenta do reino preta a gosto (mesma coisa, comece com uma pitada e vá ajustando)

Modo de preparo:

Lave bem as folhas de rúcula e seque com um papel toalha. Coloque em uma saladeira ou numa vasilha grande.

Misture em outro recipiente o suco do limão, o azeite, a mostarda, o sal e a pimenta. Vá colocando cada ingrediente bem devagar e mexendo bem enquanto isso.

Regue a rúcula com o molho e misture.

Rale um pouco do queijo com a parte do ralador que tem os furos menores e espalhe pela salada.

Encontre o lado do ralador que faz lascas em vez de ralar pequenininho (vai ser o maior, provavelmente) e faça as lascas com todo o restante do queijo. Cuidado com o dedo no final!

Distribua o queijo por cima da salada.

A quantidade dos ingredientes que eu sugeri vai render umas 4 porções. Faça menos, se for comer na solidão.

O molho pode ser conservado na geladeira por alguns dias e você vai temperando a salada conforme for comendo. É que se você guardá-la já temperada, vai estragar bem mais rápido!

Não se esqueça que esta salada é apenas uma entrada ou um acompanhamento para o prato principal.

Bon Appétit!

Salada de alface com tomate e palmito

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A salada mais “mão na roda” de todas. Basta ter um vidro de palmito, uns tomatinhos cereja e umas folhas de alface.

Ih, gente! Dei a receita antes da hora! o.O

Ah não, mas faltou um detalhe!

Receita de Salada de alface com tomate e palmito

Ingredientes:

Alface americana (esse tipo de alface é “crocante” e fica melhor nesta salada. Vem escrito “al-fa-ce a-me-ri-ca-na”, não tem como não saber comprar. Como ainda não ensinei a lavar as folhas de alface corretamente, prefiro te falar para comprar um pacote de folhas de alface higienizadas. Fica na geladeira do supermercado, próximo aos legumes e verduras.)

Palmitos (pode ser pequenininhos ou grandões, cortados em rodelas de aproximadamente 1 cm de espessura. Se fatiar muito fino, vai desmanchar.)

Tomates cereja (são aqueles pequenininhos)

Molho Italiano (esse molho é para comprar pronto!)

Modo de preparo:

Não coloquei a quantidade de cada coisa nos ingredientes porque isso é realmente a seu critério. Depende de quantas pessoas vão comer e do quanto você gosta de cada coisa. Mas é “salada de alface”, com tomate e palmito. Deu pra entender que a alface é o principal, né?

Distribua as folhas de alface numa vasilha, bem soltinhas. Deixe as folhas inteiras mesmo, mas se forem grandes demais corte com as mãos pela metade.

Coloque por cima os tomates cereja e o palmito.

Agora, o detalhe que faltava: o molho! (E o público reage: “Ohhhhhh”).

Super difícil fazer o molho para esta salada: vá até a seção de molhos do mercado e escolha um que tiver escrito “Italiano” no rótulo. Tá pronto!

Deixe-o na mesa para as pessoas servirem na hora de comer! Se quiser, coloque só um pouquinho na salada mas é legal deixar sem mesmo.

Esta salada agrada a todos sempre e vai bem com tudo. Pode apostar nela!

Bon Appétit!

Salada de alface com tomate e palmito

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A salada mais “mão na roda” de todas. Basta ter um vidro de palmito, uns tomatinhos cereja e umas folhas de alface.

Ih, gente! Dei a receita antes da hora! o.O

Ah não, mas faltou um detalhe!

Receita de Salada de alface com tomate e palmito

Ingredientes:

Alface americana (esse tipo de alface é “crocante” e fica melhor nesta salada. Vem escrito “al-fa-ce a-me-ri-ca-na”, não tem como não saber comprar. Como ainda não ensinei a lavar as folhas de alface corretamente, prefiro te falar para comprar um pacote de folhas de alface higienizadas. Fica na geladeira do supermercado, próximo aos legumes e verduras.)

Palmitos (pode ser pequenininhos ou grandões, cortados em rodelas de aproximadamente 1 cm de espessura. Se fatiar muito fino, vai desmanchar.)

Tomates cereja (são aqueles pequenininhos)

Molho Italiano (esse molho é para comprar pronto!)

Modo de preparo:

Não coloquei a quantidade de cada coisa nos ingredientes porque isso é realmente a seu critério. Depende de quantas pessoas vão comer e do quanto você gosta de cada coisa. Mas é “salada de alface”, com tomate e palmito. Deu pra entender que a alface é o principal, né?

Distribua as folhas de alface numa vasilha, bem soltinhas. Deixe as folhas inteiras mesmo, mas se forem grandes demais corte com as mãos pela metade.

Coloque por cima os tomates cereja e o palmito.

Agora, o detalhe que faltava: o molho! (E o público reage: “Ohhhhhh”).

Super difícil fazer o molho para esta salada: vá até a seção de molhos do mercado e escolha um que tiver escrito “Italiano” no rótulo. Tá pronto!

Deixe-o na mesa para as pessoas servirem na hora de comer! Se quiser, coloque só um pouquinho na salada mas é legal deixar sem mesmo.

Esta salada agrada a todos sempre e vai bem com tudo. Pode apostar nela!

Bon Appétit!

Creme de Avelã com chocolate (Nutella)

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Dá uma olhada no seu calendário. Viu? Já estou de TPM de novo.

(Pausa para um choro sofrido.)

Como a gente combinou na TPM do mês passado, toda vez que essa “desgraça” acontecer (Deus me perdoe!) eu vou fazer uma receita com muita Nutella.

Este mês eu peguei meio pesado e comi dois potes de Nutella a colheradas (xiiiiiiiiiu, não conta pra ninguém), bem no início da TPM.

Foi quando eu pensei: não seria melhor eu aprender logo a fazer creme de chocolate com avelã (nome científico de Nutella, rs…)? Aí eu posso comer muito, muito, muito sem ficar pobre, “só” gorda!!

Me afoguei nos 274.917.724.058.000 livros de receitas que eu tenho, misturei um pouco de uma com um pouco de outra e pronto.

Executei o projeto em menos de 2 horas (porque ainda fui comprar os ingredientes) e ficou sensa!! Sensacional.

Receita de Creme de Chocolate com Avelã (Nutella)

Ingredientes:

125 g de avelãs sem casca moídas (Eu disse: “sem casca”!!! É fácil encontrar o pacotinho de avelãs sem casca nos supermercados, mas moída eu nunca vejo. Para moer, use um processador ou um bom liquidificador. Você pode comprar a granel, já no peso certo. Pode também pesar com uma balança de cozinha ou de outro tipo – isso tudo se não quiser fazer as contas usando seus conhecimentos matemáticos de fração. Eu comprei um pacotinho de 150 g e sobraram apenas 15 avelazinhas depois de pesar, #ficadica.)

375 g de chocolate ao leite (usei 2 barras do Nestlé Classic ao Leite e mais uma fileira de 4 quadradinhos)

2 colheres (sopa) de óleo

2 colheres (sopa) de açúcar

1 colher (sopa) de cacau em pó (cacau em pó não é achocolatado e nem chocolate em pó, é cacau em pó!)

1/2 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de preparo:

Triture bem as avelãs, se for você quem vai fazer isso (também pode levar pra casa da sua tia que tem todos os equipamentos de cozinha e ela tritura para você).

Depois de tudo bem triturado, acrescente o açúcar, o cacau em pó, o óleo e a essência de baunilha. Bata para misturar bem. É possível que você tenha que soltar a mistura da parede do liquidificador de vez em quando, mas não faça isso sem que a hélice esteja parada.

Derreta o chocolate no microondas, como você já sabe fazer. icon wink Creme de Avelã com chocolate (Nutella)

Acrescente o chocolate derretido à mistura do liquidificador e aí, meu bem, deixe bater até o liquidificador pedir arrego. Ok, mais precisamente até a mistura ficar bem homogênea e você perceber que dali ela não passa.

Pronto, você fez creme de chocolate com avelã, vulgo Nutella!

Vai estar quente. Espere esfriar e dar um engrossada de leve antes de começar os trabalhos.

Agora vou dar o meu parecer.

Não tem jeito, nenhuma receita caseira vai ser idêntica à Nutella porque ela é industrializada e tem um monte de ingredientes artificiais. Esta receita é boa mas dá pra perceber logo de cara que não é a mesma coisa. Um desavisado que conhece muito bem Nutella (como eu), poderia comer, achar ótimo e achar inclusive que é creme de chocolate com avelã de outra marca, mas nunca confundiria com a própria, porque ela é i-ni-gua-lá-vel.

Quanto à textura, por mais que você bata muito, dá pra sentir o farelo da avelã na ponta da língua. O que não é problema, na minha opinião.

Na embalagem da Nutella vem escrito que é para manter fora da geladeira para conservar a cremosidade. Faça o mesmo com o seu creme de chocolate com avelã homemade. Se colocar na geladeira, vai ficar durinho, mais do que a Nutella (que na verdade fica perfeita gelada).

Deixe na geladeira para conservar, se quiser, mas retire antes de comer para amolecer um pouco.

Ah, só mais uma coisa. Chamamos de “creme” mas tecnicamente está mais para uma “pasta“. E eu coloquei este post na categoria “recheios”, porque achei que tinha mais  a ver com a utilidade da receita.

Agora eu vou te falar uma coisa. Tive que comer meio pacote de balas de alga para resistir à tentação daquele potinho que está gritando meu nome desesperadamente lá na cozinha enquanto eu escrevo este post. icon sad Creme de Avelã com chocolate (Nutella) Será que fiz um bom negócio? Vida de blogueira de culinária é uma tortura, você não pode imaginar.

Bem, fora os dramas pessoais, quem sabe um dia eu não experimento outra receita para ver se fica mais parecida ainda com a Nutella? Posso pensar em fazer esse esforço.

Bon Appétit!

Chantilly

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O chantilly vai bem com tudo! Café, frutas, bolos, sorvete…

Que tal aproveitar a Páscoa para testar a receita? Prepare um potão de chantilly e sirva com morangos (ou outra fruta que preferir) para cortar um pouco a “overdose de doce” dos chocolates!

Receita de Chantilly

Ingredientes:

500 ml de creme de leite fresco (encontra-se nos supermercados. Ele fica na geladeira, é diferente daquele que você usa normalmente.)
50 g de açúcar de confeiteiro (também é vendido em supermercados. Você também pode encontrar em padarias e, lógico, em lojas para confeiteiros.)

Modo de preparo:

Leve o creme de leite da geladeira (ele precisa ficar lá, não se esqueça que ele é fresco!) para o congelador. Deixe lá por 10 minutos.

Depois desse tempo, coloque-o na vasilha da batedeira e adicione o açúcar. Misture um pouquinho com uma espátula e comece a bater.

Quando perceber que ele dobrou de volume, está pronto!!

Faça logo antes de servir e calcule bem a quantidade, porque ele azeda rápido e não vai poder ficar morando na sua geladeira.

Esta receita é para 4 porções (tacinhas).

Bon Appétit!

Cestinhas de ovos

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Já tinha visto essa gracinha por aí em livros de receita mas nunca tinha feito para saber como ficava. Resolvi experimentar, afinal vale a pena ter mais uma possibilidade de ovo na vida (na minha, pelo menos).

Foi super fácil de preparar, ficou pronto rápido e o resultado me surpreendeu bastante! Não sei se é pelo cozimento que deu uma textura diferente para o ovo ou se é o sabor do peito de peru,  mas tudo isso junto ficou uma maravilha. Sem contar que é uma comidinha bem simples com uma ótima apresentação, né?

Precisa saber quantas pessoas vão comer e quantos ovos cada um vai querer, para não fazer uma quantidade exagerada. Ele é bom quando sai do forno, então não deixe sobrar para ter que reaquecer.

Você vai precisar de uma forma para muffins, que é a mesma que usamos para fazer cupcakes (os grandes, não os minis!).

Receita de Cestinha de Ovo

Ingredientes:

Peito de peru ou presunto (na verdade você pode escolher entre os frios que mais gostar, incluindo mortadela. Eu fiz com peito de peru porque é mais light e eu sei que ele fica muito gostoso torradinho. A quantidade vai de acordo com quantas cestinhas você for fazer. No caso do peito de peru, 2 fatias são suficientes para cada ovo.)

Ovos (na quantidade que desejar, mas é um por cestinha!)

Óleo para untar

Sal para temperar

Pimenta do reino preta, por exemplo, pode ser bem-vinda! Não precisa de mais temperos mas você pode colocar se quiser.

Modo de Preparo:

Passe um pouco de óleo nas forminhas, para untar (só dentro dos buraquinhos que for usar). Não passe muito, se precisar dê umas batidinhas com o papel toalha para absorver o excesso.

Depois de untada, forre a forminha (o buraco da forma) com o peito de peru (ou o que estiver usando para fazer as cestinhas). Duas fatias inteiras serão suficientes para cobrir completamente, sem deixar nenhum buraquinho.

Use uma tesoura de cozinha para cortar as pontas do peito de peru que ficarem para fora da forma.

cestinha de peito de peru Cestinhas de ovos

Quebre o ovo com cuidado para não furar a gema (dê uma batida firme na beirada de dentro da pia e separe os dois lados da casca rachada, virando o ovo em um potinho limpo). Verifique se não tem pedaços da casquinha perdidos pela clara e então vire o ovo dentro da forminha, sobre a cestinha de peito de peru.

Tempere com uma pitadinha de sal (“pitada” é o tanto que você consegue pegar com a ponta de dois dedos). Se quiser temperar com mais alguma coisa, a hora é essa!

cestinha ovo cru Cestinhas de ovos
Leve ao forno médio por 10 ou 12 minutos, ou até ficarem bem cozidos. Sugiro não deixar cozinhar até esturricar, porque o ovo vai ficar mais durinho e menos interessante.

A cestinha de ovo vai bem com arroz, pão (parta em pedaços e vá comendo sobre fatias de pão, não é pra enfiar dentro e fechar!), batata palha e até salada!

Mais alguma idéia? icon smile Cestinhas de ovos

Bon Appétit!

Ovo Quente

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Sabe o que é ovo quente? É esse aí da foto. Ele é cozido mas nem tanto quanto o “ovo cozido” (!), fica com a gema bem cremosa e a clara molinha.

Quem odeia ovo deve odiar mais ainda o ovo quente, pelo aspecto mole. Não é o meu caso.

Quando eu era pequena, comia muito esse ovo com um tiquiinho de manteiga e sal. Meu pai sabia fazer muito bem mas tem tempo que não faz um pra mim, acho que pra lá de 20 anos.

Depois de ler essas receitas básicas de ovos, já deu pra perceber que ovo é uma coisa que eu comia mesmo na infância, né?

Receita de Ovo Quente

Ingredientes:

Ovos (quantos quiser)

Água (o suficiente para cobrir os ovos)

Sal (para temperar)

Modo de Preparo:

Coloque a água para ferver em uma panela pequena.

Quando iniciar a fervura, coloque os ovos e comece a contar 4 minutos. Depois desse tempo, seu ovo quente já está pronto!

Para tirar os ovos da água quentíssima, use uma escumadeira com jeitinho ou então vire a água cuidadosamente na pia (sem louças dentro).

Deixe-os tomando um banho de 30 segundos na água corrente. Pode ser na pia mesmo, se ela estiver limpíssima. Pode também usar uma peneira ou escorredor de aço.

Pronto!

Com uma colher, vá quebrando a casca e tirando os pedacinhos dela com cuidado, até que seja possível virar o ovo em um potinho ou comer ali dentro da casca mesmo.

Se achar que poderia estar mais cozido, deixe por mais tempo na próxima vez. Só não exagera para ele não ficar duro.

Salpique sal para temperar. Se quiser, coloque um pouquinho de manteiga (a pontinha da colher) para deixar mais cremoso.

Se tiver um porta-ovo como esse da foto, aproveite para usar! É delícia no café da manhã.

Uma torradinha vai bem para você molhar na gema!

Crianças adoram, eu recomendo! icon smile Ovo Quente

Bon Appétit!

Ovo Cozido

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Coloque água para ferver enquanto eu entro num tradicional momento nostalgia:

Quando eu era pequena lá perto de Barbacena, quase todo dia minha mãe colocava na minha merendeira um ovo cozido! Ela o embrulhava no papel alumínio e também fazia um embrulhinho para o sal. E lá ia eu para a escola, feliz e contente com o meu ovo a tiracolo (literalmente).

Eu adorava isso, achava a melhor merenda do mundo. Começava desembrulhando metade do ovo e ia colocando pitadinhas de sal a cada mordida. Ah, estamos falando de uma Vanessa muito pequena mesmo, lá pelos seus 4, 5 anos.

Foi então que comecei a ter mais interesse no sal e parei de comer o ovo inteiro. Tinha uma amiga que comia o sal comigo (a mesma do bolo de cenoura), mas apareceu um dia falando que a mãe dela disse que sal aumenta a pressão e que não ia comer mais (acreditem, crianças de 5 anos se preocupam com sua saúde – desde antes dos anos 90).

Curioso, ela virou médica e eu aqui, escrevendo um blog que ensina até a cozinhar ovo.

Hoje eu fico imaginando o que meus coleguinhas deviam achar de mim. Quase todo mundo levava biscoito, sanduíche e coisas normais. Tudo bem que tinha um amigo que comia banana com casca e eu bem me lembro de ficar olhando para ele com cara de “não vai descascar?”. Bom, acho que éramos crianças felizes que comiam no lanche o que gostavam e ponto final. Ainda não tinha isso de “pagar mico” e comer ovo cozido devia ser “ok”. Agora… Imaginem o “bafinho” que eu devia ficar depois do recreio!! Ui…

Antes que você pense que minha saudosa mãe era doida, a verdade é que ela sempre fez minhas vontades. Colocava na merendeira o que eu pedia sem me reprimir, independente de ser um lanchinho comum ou excêntrico! Ela contava que às vezes eu chegava do lado dela enquanto ela fazia o almoço e falava coisas do tipo: “Humm, quero levar essa mandioquinha na merenda hoje!”. icon biggrin Ovo Cozido

Agora voltando à receita, se for o seu caso, não se sinta mal por não ter nascido sabendo cozinhar ovo. Também precisei aprender a fazer ovos cozidos, porque o tempo de cozimento dele é maior do que eu esperava!

Receita de Ovo Cozido

Ingredientes:

- Ovos (quantos quiser cozinhar)

- Água (o suficiente para cobrir os ovos)

Modo de Preparo:

Em uma panela funda, ferva a água. Assim que ela ferver, coloque o(s) ovo(s) lavadinhos com cuidado para não rachar! Você vai reparar que a água deixará de ferver na mesma hora, como mostra a imagem. Quando ela voltar, comece a contar 10 minutos!

ovos cozidos Ovo Cozido

Após os 10 minutos, seu ovo está pronto. Despeje a água quente na pia (com cuidado para não espirrar em você) e encha a panela com água fria, para esfriar o(s) ovo(s). Você pode trocar a água mais vezes, para esfriar melhor.

Ok, já entendi. Você está se perguntando: vou despejar a água na pia e o ovo vai pra onde, pro ralo? Não, você vai usar um talher qualquer para fazer uma barreira, para os ovos não caírem. Eu uso a parede da pia para isso. Como cozinho sempre em uma leiteira, despejo a água com ela virada de frente para a parede da quina da pia. Assim a água escorre e não tem espaço suficiente para o ovo cair.

Com o ovo em uma temperatura que você consiga segurá-lo, dê umas batidinhas com uma colher para rachar a casca.

Agora é só descascar. Você vai ver que tem uma pele bem fininha por baixo da casca, é a membrana, ela te ajuda bastante nessa hora! Tire essa pele toda também. (Ou então, descasque sem quebrar a casca!)

Por fim, se achar necessário, lave seu ovo com água filtrada, para não ficar nenhum pedacinho de casca para trás.

Se quiser secá-lo, use um papel toalha.

Vou pensar em umas receitas com ovo cozido para ensinar aqui! Enquanto isso, vá comendo com sal, como eu sempre fiz! Rsrs!

Ovo Mexido

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Agora que você já aprendeu a fritar um ovo, precisa saber preparar ovos mexidos!

Ovos mexidos é uma coisa tão óbvia, você não acha? É, porque se você tentar fritar um ovo e a gema furar, provavelmente vai acabar misturando tudo. Mesmo assim, vou dar a receita para não ter erro!

Receita de Ovo Mexido

Ingredientes:

Ovos (no caso do ovo mexido, a gente nunca fica satisfeito com 1 ovo só! Não me pergunte por quê!)

Para 1 ovo: 1 colher (sobremesa) rasa de manteiga

Para 2 ovos: 1 colher (sopa) rasa de manteiga

Para 3 ovos: 1 colher (sopa) cheia de manteiga

sal a gosto

Modo de preparo:

Derreta a manteiga na frigideira em fogo médio.

Adicione o(s) ovo(s) e fure as gemas. Quando começar a encorpar, tempere com sal a gosto.

Mexa bem se quiser que fique com pedaços miudinhos. Se gostar de pedaços maiores, espere o ovo fritar um pouco mais e mexa bem de leve, até obter o resultado desejado!

Pronto! Agora é só comer (e isso você sabe bem como fazer).

Eu adoro ovo mexido com arroz ou pão!

Bon Appétit!

Ovo Frito

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Sempre ouvi brincadeiras a respeito do ovo frito.

“Fulano não sabe fazer nada na cozinha, só sabe fritar ovo!”

Como se um ovo não fosse nada, não é verdade??

Ovos são repletos de valor nutricional!  “São ricos em proteína, vitaminas A, D, E e complexo B. Os ovos têm pouca gordura saturada e são uma ótima opção para uma dieta saudável, contendo cerca de 76 Kcal por ovo.” (Chef Patrick Martin – Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária do instituto “Le Cordon Bleu”.)

Acho que a maioria das pessoas pensa logo em arroz para acompanhar o ovo frito. Se você ainda não aprendeu a cozinhar arroz, mande vê seu ovinho com pão!

Gosto de ovo bem torradinho, com a gema mole mas firme! É, porque cada um gosta do ovo de um jeito. Desenvolvi uma técnica especial para preparar meu ovo.

Receita de Ovo Frito

Ingredientes:

1 colher (sobremesa) rasa de manteiga
1 ovo
1 pitada de sal

Modo de preparo:

Em fogo médio, derreta a manteiga numa frigideira e adicione o ovo. Quando ele começar a endurecer, coloque uma pitada de sal a gosto. Eu gosto de caprichar em cima da gema.

Em seguida, com uma colher, vá recolhendo a manteiga derretida no fundo e jogando por cima do ovo (principalmente em cima da gema. Esse é o truque para ela ficar como eu gosto).

Pode fritar com azeite também que fica ótimo! Uma colher de sopa é uma boa medida.

Muita gente usa óleo mas eu acho que ele não deixa o ovo tão saboroso… Fica aquele gostinho de fritura ruim, sabe? Minha preferência é mesmo a manteiga.

E se a gema furar? No problem, aí você faz o ovo mexido!!

Ah! Ovo mexido também é uma boa opção para quem não quer usar nenhuma gordura no preparo. É que mesmo que a sua frigideira seja antiaderente, é muito difícil fazer um ovo frito com a gema mole sem que ela arrebente (talvez até impossível!).

Bon Appétit!!

Arroz piamontese, piamontesa, piemontese?…

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Me conta aqui, mas fala a verdade!

Quando você pronuncia o nome desse arroz, você fala com total segurança ou manda um “piaemontesea”, pra servir conforme quem ouve?

Esse nominho varia de boca para boca, você já deve ter reparado. “Arroz à piamontêsa”, “arroz à piamontése”, “arroz à piamontéssi” … Fica complicado descobrir qual é o jeito certo.

Bem, primeiro é preciso saber que esse arroz é uma criação brasileira, não é um prato da região de Piemonte, na Itália – ao contrário do que dizem por aí. Digamos assim que ele seja uma “imitação de risoto”, preparada com o arroz branco de todas as mesas dos brasileiros. Uma adaptação que leva ingredientes comuns na nossa culinária, que fazem com que o arroz fique cremoso como um risoto (parecido, só). Como homenagem, entre outras possibilidades, escolheram a região do Piemonte para batizar a receita tupiniquim metida a italiana.

Nessas condições, o nome acabou ganhando muitas variações. A única que não vingou é “arroz piemontês”, que seria o mais lógico, no puro Português. “O arroz do Piemonte” foi tão bem “vendido” como receita italiana, que muitos de nós, brasileiros, ficamos confusos e também sem jeito na hora de falar o nome dele, por acreditarmos ser de outro idioma. Estou me incluindo no grupo porque fiz parte dele até o dia em que descobri que o arroz é tão brasileiro quanto eu.

Daí em diante, eu falei: “Ué, então peraí! Preciso entender o por quê de cada variação desse nome e então vou escolher uma delas para usar”.

Então eu peguei algumas línguas latinas para comparar as variações das palavras entre elas e tentar entender de onde vieram as versões do nome desse arroz, antes de qualquer coisa. Dê uma olhada:

Em Português

O Piemonte

A cozinha piemontesa

O restaurante piemontês

Em Italiano

Il Piemonte

La cucina piemontese

Il ristorante piemontese

Em Espanhol

El Piamonte

La cocina piamontesa

El restaurante piamontés

Em Francês

Le Piémont

Le restaurant piémontais

La cuisine piémontaise

Repare bem como a gente fez uma salada com esses idiomas, não só na grafia como na pronúncia. Se você jogar cada grupinho desse no Google Tradutor e clicar para ouvir a pronúncia (no mesmo idioma), vai ser fácil perceber como os sons se misturaram e resultaram em versões híbridas para o nosso arroz piemontês.

A maior parte das pessoas adotou um nome formado pela palavra do Espanhol, “Piamonte”: “piAmontese” ou “PiAmontesa” (mas com “à” em vez de “a la”). Raramente você vai ver “piEalgumacoisa”.

Eu não sou nenhuma grande conhecedora de Gramática e não domino as diferentes formas de formação de palavras, mas tenho uma tendência a não gostar de hibridismo quando ele não me parece ser necessário. Algumas palavras do nosso vocabulário são híbridas, formadas por radicais de diferentes idiomas, mas elas estão tão enraizadas no nosso Português, que seria até estranho “fazê-las de novo”. Por exemplo: bicicleta, burocracia, automóvel, sociologia. Agora, dar nome a um prato que faz referência a um local, como “Bacalhoada Portuguesa”, parece bem simples de ser feito de uma forma mais simples e direta. Para mim, “piamontese” é difícil de engolir.

Outra coisa interessante é que a pronúncia em Francês faz lembrar muito a forma como algumas pessoas leem ”piamontese”: “piamontéssi”. Pior é que, se você for reparar, são exatamente as pessoas mais “frescas” (sempre no bom sentido, amo a França). É sério! Repare bem.

Seria fácil se todos chamassem de “arroz piemontês”, a versão 100% brasileira! Se bem que, a esta altura, a língua iria acabar se confundindo dentro da boca e sairia um sonoro “arroz piAmontês”.

O nome predominantemente usado por todo o Brasil é, realmente, o “arroz piamontese”. Uma soma de Português (arroz) com um híbrido de Espanhol e Italiano (piamontese). Caramba, não dava para ser menos “mestiço”?

Depois dele, vem o ”arroz à piamontese” (que seria um “arroz à maneira piamontese”) e “arroz de piamontese” – que é o que me dá mais pavor. O  ”arroz à piamontesa”, que vem em seguida, eu acho mais razoável.

Se você escrever no Google “arroz a” (sem acento no “a”, porque as pessoas não costumam acentuar as palavras para fazer buscas), adivinha o que ele vai autocompletar?